Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2008
O vice-rei da Índia, mandou construir um convento para os Franciscanos, sob o chamamento da cruz, que foi terminada por ordem do seu filho, D. Álvaro De Castro, em 1560.
Localizado perto do Convento da Cortiça, como também é chamado, pela camada de cortiça que o cobre, viveu segundo a tradição o Beato Honório alimentados se de ervas e agua durante perto de trinta anos.
No tempo da dominação Filipina rei de Espanha costumava referir-se ao Escorial (terreno onde abundam resíduos metálicos), e aos Capuchos como os mais extremos locais de culto que havia em seu reino: o Escorial pela importância e grandeza os Capuchos pela sua escassez e pobreza. (1)
Habitado, inicialmente, por 8 frades franciscanos capuchos vindos da Arrábida, o Convento de Santa Cruz dos Capuchos, vulgo dos Capuchos ou da cortiça, conserva, desde então, a vera austeridade dos monges que ali professaram, a imensa escassez material, privilegiando a espiritualidade.
Quando D.Filipe II de Espanha, I de Portugal, visitou Sintra e, nomeadamente, o Convento dos Capuchos, ficou completamente rendido á beleza do local e á santidade dos frades que nele habitavam. Numa carta ás suas filhas, diz este monarca: “nos meus reinos duas coisas tenho que muito me apraz: o Escorial por muito rico e o Convento dos Capuchos em Sintra por muito pobre.” (2)
(1) - Alves, Afonso Manuel & Lima, Luís Leiria (1988). Sintra à sombra da serra (1ª Ed.), Pag: 76. Lisboa: Difusão Editorial
(2) – Sintra-guia do conselho, texto Editores, Janeiro 08
Mapa do Convento dos Capuchos:
Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008
Frei Agostinho de Cruz 1540 – 1619 nascido de estiro fidalgo em terras do rio vez. Tal como seu irmão o poeta Diogo Bernardo tomou o hábito franciscano no Convento de S. cruz precisamente no ano da fundação deste. Foi depois para a Arrábida onde levou uma vida de verdadeiro asceze espiritual, que duma forma bela, sob transportar para a sua poesia.
Franciscanos, ordem de S. Francisco, chamam-se assim os frades menores que seguem a regra de S. Francisco de Assis, homem que querendo imitar toda a vida e a doutrina de Cristo, fundou a ordem combatendo os clérigos de então. Conseguiu provar a regra em 1210 por Inocêncio II e confirmá-la em 1223, onde conde citava Onório III. Apesar da oposição do clero instituído arranjaram grande simpatia junto ao povo e a nobreza. Estudiosos e contemplativos foram extremamente importantes na expansão não só pela decisão dos valores cristãos mas também por uma literatura geográfica que nos apresenta uma nova visão do mundo.
William H. Burnett, famoso gravador inglês do século XIX, esteve em Sintra de 1830 a 1837, tendo efectuado um brilhante conjunto de gravuras que viriam a caracterizar, de uma forma bastante aproximada com a realidade, os espaços e a vivência da região naquela época.
João Álvaro de Castro, 1525 – 1576, Capitão-mor do mar da Índia no tempo de D. João III e mais tarde conselheiro de estado, era filho do vice-rei D. João de Castro. Foi armado cavaleiro em frente do Monte Sinai em 1541 por D. Estêvão da Gama, filho de Vasco da Gama. Embaixador em Roma de 1562 a 1564, tendo nessa altura o papa Pio IV um breve para o altar Santa Cruz que havia fundado em 1570.
D. Sebastião, 1554 – 1578 Rei de Portugal, tem o cognome de O Desejado pelo facto de o seu nascimento ter resolvido uma crise de sucessão ao trono. Bastante religioso, procurava refúgio no Convento dos Capuchos em Sintra para meditar. Sua morte, trágica para Portugal, na batalha de Alcácer Quibir deixou uma aura de miséria sobre o seu possível regresso numa manha de nevoeiro.
Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008
Em Sintra, pratica-se um Turismo em Espaço Rural, isto é, um turismo de grande qualidade, que aproveita o valioso património arquitectónico legado por uma antiga aristocracia rural. Este, proporciona um acolhimento familiar em casas rurais que podem servir não só de residência aos proprietários como importante fonte de difusão do património familiar e local.
Dentro do Turismo em Espaço Rural encontramos vários tipos de turismo, sendo que em Sintra sobressaem-se dois tipos, Turismo de Habitação e Turismo Rural.
O Turismo de Habitação é um serviço de hospedagem de natureza familiar prestado em casas antigas particulares que, pelo seu valor arquitectónico, histórico ou artístico, sejam representativas de uma determinada época, nomeadamente os solares e casas apalaçadas, em Sintra existem sitos onde se pode encontrar este turismo, em Rio de Mouro (Quinta da Fonte da Nova) e no Centro histórico (Casa Miradouro; Quinta da Capela; Quinta das Sequóias e Casa da Tapada).
O Turismo Rural é o aproveitamento de casas rústicas particulares que, pela sua traça, materiais construtivos e demais características, se integrem na arquitectura típica regional, como exemplos, temos na Azóia (Quinta do Rio Touro) e no Casal da Granja (Quinta Verde Sintra).
Em Sintra, também podemos verificar, no Verão, o Turismo Balnear, bastante apreciado pelos fanáticos do desporto náutico, nomeadamente Praia Grande e Praia das Maçãs.
Geografia A (12º ano), 2005. Porto editora: Porto
Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008
Construído ao longo dos séculos no chamado “chão da oliva”, apresenta-se como um conjunto formado por vários corpos, posicionados em diferentes níveis e testemunha épocas e estilos variados num único conjunto arquitectónico. No tempo de D. Dinis é tida como provada a existência de um antigo Paço Gótico, consequência das mudanças efectuadas à antiga residência. Era conhecido por Paço da Rainha, referente à Rainha D. Isabel.
Durante o reinado de D. João I, o Palácio atinge o seu auge. Neste período foram efectuadas obras importantes no corpo central do Palácio, que ainda hoje mantém a estrutura e decoração de inúmeras salas. D. João I apetrechou o Paço das famosas chaminés cónicas, comuns no seu tempo, mas hoje elogiadas por representarem a continuação de um estilo quase extinto. Joaninos são os arcos ogivais no topo da escadaria que dá acesso ao palácio.
Com o D. Manuel I o palácio sofreu remodelações importantes, tendo-lhe sido acrescentada a ala nascente, em arte manuelina, com as características portas e janelas maineladas.
Após o terramoto que destruiu Lisboa e parte de Sintra em 1755, o Marquês de Pombal ordenou a reparação de alguns estragos ocorridos no Palácio, acrescentando-se assim um novo elemento arquitectónico ao conjunto. Mas foi no Reinado de D. Maria I, em 1787, foram introduzidos significativos melhoramentos no interior, consequentes duma maior comodidade exigida para longas visitas régias. É um dos poucos Paços Reais quinhentistas que ainda hoje permanecem actualmente em Portugal.
Alves, Afonso Manuel & Lima, Luís Leiria (1988) Sintra à sombra da serra (1ª Ed.) Pag: 18. Lisboa: Difusão editorial.
Sala das Pegas:
Única sala que conserva desde o século XV o seu nome original. Descrita pelo rei D. Duarte como Câmara de Paramento, aqui eram recebidos os notáveis. Apesar de restaurado, o tecto deve manter a decoração original, destacando-se a divisa de D. João I.
Quarto de D. Sebastião:
Designada por câmara de ouro no inicio do século XV, devido a decoração hoje desaparecida. Foi nos finais do século XVI quarto de dormir do rei D. Sebastião. Revestimento azulejar único, constituindo por motivos de parra em alto-relevo dos inícios do século XVI.
Sala Júlio César:
Designação proveniente da tapeçaria flamenga do século XVI, representando uma cena de vida do general romano.
Sala das Sereias:
No início do século XV estava aqui instalado o guarda-roupa. A designação actual provem da pintura do tecto, século XVIII.
Sala da Coroa:
Neste local e na sala contígua, situar-se-iam, conforme descrição do rei D. Duarte, as áreas reservadas à higiene, que compreendiam uma privada e um oratório. A designação desta sala provém da pintura do tecto, datada do século XVIII.
Sala das Gales:
Constituída na transição do século XVI para o século XVII, deve o seu nome à decoração do tecto da época mais tardia. Azulejos enxaquetados do século XVII.
Sala dos Brasões:
Esta torre situa-se no local da antiga Casa da Meca, tendo sido construída no reinado de D. Manuel I (1495-1521). O tecto, de talha dourada, ostenta no topo as armas régias, rodeadas por setenta e dois brasões de famílias nobres. Painéis de azulejo com cenas galantes e de caça da transição do século XVII para o XVIII.
Sala Chinesa:
Fazendo ainda parte do antigo Paço de D. Dinis, esta sala foi utilizada como Quarto de Dormir de D. João I, antes da grande campanha de obras promovidas por este monarca nos inícios do século XV. Deve o seu nome actual ao pagode chinês em marfim do século XVIII.
Sala dos Cofres:
Designação proveniente do conjunto de arcas em ferro – burras – utilizadas para o transporte de moeda, metais e pedras preciosas.
Sala dos Árabes:
Quarto de Dormir de D. João I no inicio do século XV. Fonte mourisca e revestimento de azulejos do inicio do século XVI.
Cozinha:
Originariamente separada do resto do paço, a sua construção deve-se a D. João I, remontando a primeira metade do século XV. As suas chaminés gémeas são exemplar único. As armas reais de Portugal e de Sabóia de finais do século XIX., em azulejo, testemunham o último período de habitação da família real neste palácio.
Sala Manuelina:
Sala nobre do Paço constituído por D. Manuel I, no inicio do século XVI. Esta ala marca a ultima grande campanha construtiva do Palácio tendo sido restaurada nos anos 30 do século XX.
Quarto – Prisão de D. Afonso VI:
Câmara do Paço de D. Dinis no inicio do século XIV. Pavimento misto de alicatado e azulejo do último quartel do século XV. No século XVII foi durante nove anos quarto – prisão do rei D. Afonso VI, que aqui viria a falecer em 1683.
Capela Palatina:
Remontando à primeira campanha de construções, a capela foi edificada no reinado de D. Dinis, no início de século XIV, sofrendo ao longo do século XV várias alterações: o tecto em alfarge de influência islâmica, o tapete cerâmico de alicatado e a decoração de frescos das paredes, estes últimos refeitos durante os restauros realizados nos anos trinta do século XX.
Quarto de Hóspedes:
Trascâmara de D. João: oratório e quarto de vestir. Última dependência e a mais íntima dos aposentos reais à qual só acedia o monarca. A porta nascente foi aberta já no século XX para permitir a circulação dos visitantes.
Sábado, 9 de Fevereiro de 2008
Durante a semana de 3 a 9 de Fevereiro não foi possivel a realização de nenhum post devido à ausência do grupo em viagem de finalistas.
Agora estamos de volta para dar continuidade ao trabalho exaustivo que temos vindo a realizar ao longo do ano lectivo.